quinta-feira, 30 de julho de 2009

Lagrimas Secretas

Achas que não posso perceber?
Ah querida,
Sempre inocente demais para enganar-me.

Posso ouvir seu choro secreto
Quando se cala ao alto da montanha.
Posso ver seu olhar preocupado,
Quando ele se fixa ao nada.

Teus olhos vermelhos me machucam.
Me corrói ver-te assim.
Cada lágrima tua, é uma gota de sangue meu.
Daria a vida para te ver sorrir.

Então, posso aproximar-me?
Deixa-me consolar-te
E te dar meu abraço para repousar.

Minha doce criança imortal,
Se soubesses o quanto é divino
Contemplar teu sorriso...
Nunca mais choraria outra vez.

Por favor, não sinta-se só...
Estou com você a cada dia de sua vida.
De mente e espírito...
Para sempre!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A Culpa

Ontem a noite,
Sem uma ilusão para envolver-me,
Tive medo do escuro.
Chorei.

E quando adormeci
Um sonho lhe trouxe,
E num abraço livrou-me da angustia.

Dês do dia em que partiu,
Me pergunto se voltarás.

Sinto-me restrita de ver-te.
Sinto-me mau,
Sinto-me desprezada.

Quando recordo o que passou,
E o quanto éramos felizes...
Algo me aperta.
Me pergunto:
-O que foi que eu fiz?

Sinto-me com a culpa
De ter jogado tudo fora,
Na hora em que pensei
Que não havia mais nada a perder.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Que Sou...

"Mas afinal,
Quem é este ser?
Este ser doente e louco."

Posso ser quem você odeia agora.
Posso ser quem você queira distancia.
Posso ser uma de suas paginas viradas.
Posso ser uma lembrança estranha.
Posso ser teu pesadelo.

...Pra você o que sou?
Não sei!

Mas em meio de tanta vida,
Tenho a certeza
De que sou alguém.
Alguém,
Que pelo menos por um segundo...
Você amou.

Mas ainda estou aqui.
Como um anjo de asas abertas sobre você.
Você não me vê.
Mas estou o tempo todo ao seu lado.
Pedindo para que Deus a faça feliz.

Droga!
Como dou voltas!
Estrago poemas por medo de admitir.
Que sinto sua falta.
E estou doente por isso.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Minhas Asas

Restam três anos.
Três anos e pronta estarei.

Minhas asas crescem,
E ninguém pode corta-las.
Ninguém.

Torna-se um monstro.
O castelo vira um barraco.
As manias me irritam.

Minhas asas
Me levarão mais longe,
Do que sem elas poderia ir.

Não faz sentido.
Assim como sentido faz
Aquela velha frase.

Dizeres que não me assustam.
Pois por mais que não queiras,
Sou dona do meu ser.
Sei pensar.
Sei agir.
Sei sentir.
E logo saberei voar.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A Visita

Oh Bela dama,
Que passa provocando-me.

Linda senhorita,
Que roubou meu coração.

Entre em minha morada
E beba do vinho que lhe ofereço.
Nobre sangue.

Mas por favor...
Não se emudeça,
Quero ouvir tua voz.
Não fique tão séria,
Quero suspirar em teu sorriso.

Não! Não vá ainda!
Fique e beba mais um cálice.
Ainda não estás bêbada o suficiente
Para dizer que me ama.

Não! Não vá ainda!
Deite-se em meu leito,
E permita-me amar-te.

Fique comigo
E não me deixe mais só.
Não me deixe chorar.
Não me abandone.

Beba deste vinho
E perceba o quanto é valioso
O que vos guardo.

Descubra o que sempre teve em mãos,
Mas nunca destes valor.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Amando a Tristeza

Onde foi minha dor?
A dor pela qual me apaixonei...
E a aflição?
Pela pequena que um dia amei.
E amo.

Quero mais uma vez,
Sentir meu peito arranhando.
O coração aos poucos parando.
A nostalgia, a insensatez.

Quero lacrimejar,
Arrastando-me aos seus pés.
Quero criar,
E com poemas, manchar papeis.

Quero juntar meus olhos
E não mais abrir-los.
Me afastar da carne
Que me acorrenta.
E juntar-me ao amor
Que me atormenta.

Quero padecer em teu paraíso.
E amar-te,
Sem limites sem juízo.

Quero habitar o escuro.
Onde mora a tristeza.

Quero banhar-me em rios,
Onde correm minhas lágrimas.

Quer sentir o vento
Repleto de sarcasmo.

Sim!
Este é um amor platônico!
Mas não sou doente...
Não sou louca,
E nem psicopata

Mas quero morrer amando-te.
Morrer de tristeza.
De angustia.
De amor.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Memórias

Vivo da dor,
Num eterno inferno.
E apenas tu,
És a vida entre a morte.

Vivo de sonhos,
De um mundo anormal.
Interna verossimilhança.
É meu mundo, afinal!

Vivo de desejos.
E desejo, do meu jeito viver.
No breu de meu recinto.
Deito-me.

Para todos os lados que olho,
Só lhe enxergo.
Insuportavel assim viver.
Ainda verás jorrar meu sangue.

Nada faz sentido.
Tenho a cabeça em seu lugar.
Mas o peito quer estourar.
Faz-me chorar.
Faz-me sangrar.

Arrasto correntes em tua janela.
Sussuro em teus ouvidos,
o que não queres ouvir.
Me odeias tanto
Que posso sentir.

Quero dizer-lhe algo.
Mas não posso.
O medo me asfixia,
E eu não consigo dizer.

Por mais alto que eu grite,
Não me ouvirás.
Por mais que entendas,
Não me atenderás.
Por mais que eu a ame,
Não me amarás.