quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Just It.




Não sei de que forma descrever...
Parece um deserto frio
Ou uma estrada vazia.
A ausência de sentidos
Ou o vazio que ficou.

Queria esquecer porque escrevo
E fugir de toda a amargura que banha minhas palavras
Queria dizer da forma mais simples
Para que entendas o que há de real

Não mais poesias emprestadas
Nem mesmo criações tão lapidadas
Não mais a letra de uma canção
Ou indiretas que se desviam de suas intenções

Preciso ter certeza de que entenderás
E gostaria também que se importasse
Queria também que me respondesses
Mesmo que  não haja reciprocidade

Quero apenas dizer-te sem dar voltas
Sem mascarar ou fantasiar
Sem metaforizar ou paradoxar

Eu te amo
Sinto tua falta.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Calmaria



Maldita calmaria angustiante
Faz tudo parecer vazio e distante
Posso ouvir o vento em minha mente
E senti-lo frio em minha alma

Minhas veias secaram até a ultima gota
E tenho feridas que não querem abrir
Não há nada para ser descrito
Não há nada para ser grafado

Onde foram os sentimentos que me alimentavam?
Onde foi o amor carrasco que me estrangulava o coração?
Cadê a tortura da saudade e as lágrimas de meus olhos?

Eu preciso encontrar o caminho de volta para a tempestade
Preciso de um pé no inferno e outro no paraíso
Preciso amar outra vez, de verdade, intensamente.

Meu sangue há de voltar a fluir e a escorrer entre meus dedos
Manchando meu lençol branco e tingindo palavras
Palavras lapidadas por minhas lágrimas 

Há de renascer a inspiração
Há de renascer a poesia em minhas mãos
.

Vida: A Guerra Fria de Todos os Dias III


O mundo vive uma constante guerra fria que poucos conseguem enxergar. O planeta está mais do que multipolarizado, é cada um por si e poucos por ideais únicos. O terror ideológico é vivido a cada dia por todos. Ou você é ou você nunca será. Ninguém tem seu próprio tempo estão todos sempre andando pra lá e pra cá como cada pessoa tivesse uma arma apontada em sua cabeça. Sinto como minhas pernas que me levassem a cada lugar que eu não gostaria de estar verdadeiramente.
É a grande corrida armamentista. Os que se recusam a correr são desprezados e marginalizados. Todos estão rendidos ao terror, todos podem chegar lá, mas nem todos têm a mesma facilidade para chegar lá e a bomba explode apenas na mão dos que ficam. Não se pode rejeitar a corrida, não se pode assistir o mundo do outro lado da calçada. As nações disfarçam, mas o sistema que engloba tudo é autoritária e ditatorial. Se você se cala é covarde, se você se expressa é revoltado, subversivo. Se você vê a vida com outros olhos, significa que você não é comprometido com o que faz, não quer nada com nada e merece ser o capacho de toda a sociedade. É assim que nos julgam. E somos julgados o tempo inteiro. Julgamos uns aos outros e estamos sempre querendo subir e chegar ao topo nem que tenhamos que pisar em cabeças. E é isso que fazemos o tempo inteiro.
O terror está em cada um de nós e flui de um ser para o outro naturalmente. É viver num ambiente com o cheiro forte. O cheiro está lá, mas você não sente mais porque já se acostumou, porque ele já está impregnado em você e de repente você não pode mais diferencia catinga de ar puro. Assim é o terror ideológico de cada dia.

Parabéns, Deusa!

Hoje, 13 de dezembro é aniversário da minha Deusa, Amy Lee. A musa completa 30 anos (=


Fui surpreendida por uma homenagem do Evanescence Rock Brasil, palavras do pai da deusa que apreciei muitíssimo:

"Amy não venderá a sua arte. Criará uma bela arte que ela goste. Se ninguém comprar um álbum... tudo se resumirá a algo que disse sentada nessa mesma sala... ‘Papai, é arte. Não me interessa se ninguém comprar’. Essa atitude os ajudou alcançar o sucesso”
- John Lee (pai de Amy Lee)
Happy Birthday, Amy Lee, Godness!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tirinha: O Grande Trauma de Natal

By Me.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Vida: A Guerra Fria de Todos os Dias II




 
As vezes, quando penso no sentido da vida, me decepciono profundamente a cada tentativa. É como ser forçada a vida inteira a cumprir com suas obrigações e ser pressionada a cada instante por pessoas que querem dizer o que tenho que fazer, quando tenho que fazer e como tenho que fazer.
Dizem que sou grande para ter responsabilidades, mas não permitem que eu faça minhas próprias escolhas. Não querem que seja eu seja mesma. Querem me recriar de forma que renasça em mim algo que eu não sou e não estou disposta a ser. Não quero ser o sonho dos outros. Não quero ser uma versão bem-sucedida dos frustrados. Quero ser uma inédita versão de mim mesma. Quero ter a chance de criar um ser único que seja admirado principalmente por mim. Quero ser eu mesma.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Querer Sem Querer



Não quero insistir em questionar
Os porquês são óbvios e afiados
Me torturo e sangro em pensar
Dói como um corte fresco em minha pele
Incomoda como um espinho em meu coração
A tarde é quente e inescrupulosa
Mais desconfortável impossível
Mas de qualquer forma, não importa
Aqui jaz um corpo cansado
Uma mente confusa e desesperada
E um coração doente, apodrecido


Queria poder acreditar que há jeito
Queria acreditar que ei de encontrar o que busco
E que a busca há de se tornar prosperidade

Devo ir longe para obter minha evasão
Ao mesmo tempo tão aqui e tão parada estou
Que perco a noção do real em questão de segundos

Preciso arrancar pela boca o que sinto
Preciso de palavras para descrever 
Preciso de voz para gritar...

Quero rasgar o silencio que me envolve
Quero ter condições de lutar
Quero ganhar

Queria não ter que querer e nem precisar
Preciso chegar ao absoluto final tão almejado

Para deixar de querer e finalmente ter e viver
Viver da forma que quero, que preciso

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vida: A Guerra Fria de Todos os Dias I

Um tempo sem dar as caras... Desculpem-me, queridos amigos e seguidores. Final de ano não é fácil e a vida tá conturbada, mas juro que não há nada que eu mais queira nesse momento do que voltar a ter a mesma produção de antes. Vou me esforçar pra botar essa bodega funcionando de novo. Vamos reestrear? Bora-bora!










Cheguei um dia a pensar que a vida é boa. Cheguei a pensar que não prestava para nada. Agora, nem sei mais o que  é a vida. Quatro letras que figuradamente sempre foram associadas a  tudo o que existe. Seja bom, ou ruim. Senhoras e senhores, não estou aqui procurando achar o sentido da vida em um ser superior a quem tenho que me submeter. Não procuro uma novo religião que me conforte. Ao menos uma vez na vida quero coisas concretas. Exatamente isso que quero: encontrar-me com o que é real. Não, não a realidade que foi criada pela ambição, pela maudade e pela vontade artificialmente natural que se cria por dentro da maioria dos homens de crescer e chegar ao topo para ver que não precisa de ninguém, mesmo sabendo que na realidade está errado. 



Quero entender qual a felicidade em viver em plena guerra fria. Uma guerra que poucos têm a capacidade de enxergar e menos [pessoas] ainda a capacidade de compreendê-la. A maioria apenas sabe se igualar a cavalos com rédias regidas pelo sistema. Apenas limitam-se a olhar para frente e seguir o caminho único o qual lhes foram imposto. Estas pessoas seguem até o final da estrada, em busca da felicidade, mas quando chegam lá, não podem aproveita-la da mesma forma que poderiam aproveitar antes, na parte mais ensolarada de suas vidas.



Tudo que consigo ver é algo que inexplicavelmente nos foi dado sendo jogado fora por algo que não faz mais sentido.  Algo que nunca fez sentido e vai continuar a fazer menos sentido dia pós dia: esta maldita corrida armamentista em que estamos todos envolvidos, querendo ou não. Há os que correm e há aqueles que apenas são naturalmente empurrados pelos outros, pois não estão com vontade de correr, mas sabem que, se apenas se sentarem ao meio-fio e observarem à cena, serão pisoteados pela própria natureza. Esta natureza sem harmonia, totalmente desequilibrada e cruel.