segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fim de Batalha

Estagnada no lugar que me encontrava fiquei. Suportei todo aquele vento frio, o qual feria como balas atravessando meu corpo. Balas de gelo que me congelavam por dentro. Achei que poderia suportar mais tempo ali, de pé. Achei que conseguiria esperar.
Dentro de uns dias, entre avanços e recuos, do nada fui surpreendida por algo inesperado. Um clarão tomou conta de tudo e logo depois tudo se apagou. Em poucos instantes tudo era nada. Foram os poucos instantes  em que algo me tomou e me senti arrastada para longe. Nesse momento eu era arranhada, perfurada e retalhada por todos os cacos e pedras que antes haviam ficado para trás. Foi como ser atingida por uma imensa e forte onda na praia sem se esperar. Quando a poeira baixou, fui mais uma vez surpreendida. Ao olhar em volta pude notar que, dolorosamente, me encontro no mesmo em que eu estava. Não fui lançada 1cm sequer para trás. O chão andou sob meus pés e eu continuei ali.
Agora, olhando para o horizonte a minha frente, a vejo de costas caminhado para a direção contrária. Facilmente. Passo após passo. Enquanto o chão cede por baixo do meu corpo estilhaçado, não consigo me levantar para partir também. Me encontro ferida demais para sair dessa trincheira com minhas próprias pernas. Então apenas observando fico, de mãos quase atadas, ela sumindo diante de meus olhos.