sábado, 14 de dezembro de 2013

Sua Dor, Minha Agonia




Ah, minha linda princesa
Me aperta o peito a tua dor
Entre cidades, florestas e montanhas
Não há mais nada a ser feito

Tão distante de meus braços
Tão distante de teu coração
Caem de meus olhos lágrimas tuas
Por não poder beijar-te agora

Muitas coisas eu daria
Para sem pressa abraçar-te 
Quero levar tua dor embora
A tornaria minha, para ver-te sorrir

Minha linda, não me odeie
Sei que não é de mim que precisas
Só expresso o quanto eu queria
Fazer-te feliz ao menos uma vez

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Old Songs, Old Sadness



Som que silencia meus fantasmas
Reacende manhãs acinzentadas
Fecho meus olhos para sentir o mesmo frio
Posso sentir o mesmo vazio

Em meio a multidão 
Quantas vezes estive só
Guardando sentimentos
Que eram só meus

O mundo calado
Uns anos passados
A mesma canção
Embalando sentimentos natimortos 

No calar dos fantasmas e do mundo
Num escuro distante
Sou anjo outra vez
Adoecida diante de uma obsessão

Tudo mais  deixa de existir
Quando afundo no mar de canções
Canções nas quais guardei sentimentos
Anos atrás para poder revê-los

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Não-amor o Qual Me Tenho

Não quero de forma alguma causar um abismo maior, ou até mesmo mais um rio onde corre o ódio entre nós. Não quero que nada disso exista. Mas guarde suas palavras para si, ou para outrem com fez com todos os sentimentos. Não estou pedindo por distância ou esquecimento, tampouco pelo presente e doloroso silêncio. Só entenda que já me odeio o bastante por tudo o que não tenho conseguido esquecer, já me odeio o bastante por tudo que ainda sinto, já me odeio o bastante pelos meus pensamentos que me perseguem durante cada segundo em solidão. Me odeio o bastante para esquecer de me amar em primeiro lugar.
Portanto, não me diga o que eu deveria fazer. Eu já sei. Lastimável que saber o que fazer esteja tão distante de conseguir quanto o dia está da noite. Só que os segundos se vão como semanas. Antes de se tornar passado, se tornou a fumaça e a bebida que me embriagam, a lâmina que me desvia da dor verdadeira, o escuro que me abraça no enquanto lá fora o sol brilha. Por isso me odeio. Por só dar proporções à algo que além de não fazer mais sentido, nem se quer pode ser abraçado.
Juro que se eu fosse capaz, já teria deixado isso tudo para trás. Deixaria de lhe assombrar como um encosto inconveniente e seguiria minha vida. Diria à mim mesma que dessa vez sim, seria definitivo. Que um adeus seria um adeus e então a luz entraria pela minha janela outra vez para que eu pudesse saldar uma nova era na minha vida.
Por enquanto eu apenas consigo me odiar. Por ser assim, tão fraca e sensível enquanto não aparento e por tantas vezes não conseguir ir atrás daquilo que eu realmente quero e ficar me remoendo por medo de tentar.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Desiderio



Vasculhando o o vazio desse espaço
Encontro minha fuga onde ninguém vê
Dentro de mim um mar de desejo
Onde encontrar o que não podes dar?

Onde buscar as coisas que só para mim guardas?
Se não quero mais ninguém, não quero o que tens
Quero tua alma, bem além de teu corpo
Preciso te sentir em mim como fogo
Fogo que consome de dentro pra fora

Minha mente não consegue mais suprir
Tenho o peito surrado de querer
Tenho vontade e força para resistir
Nada disso maior que o medo de te perder

Gag




Sei que não posso esperar por compreensão
Nem vou discutir, tudo seria em vão

Sei que o que faço parece descabido
Mas meu lado que vê, é seu lado adormecido 

Todo mundo tem motivo, todo mundo tem razão
E já deixou de ser uma questão de opinião

Uma certa vez aconteceu comigo
Algo que colocou algumas coisas em perigo
E já faz um bom tempo, to tentando evitar
E se me der mais tempo eu consigo superar
Não estou dizendo que já aconteceu
Mas ainda tô lutando,é mais forte que eu

Queria que entendesse, o que eu tô passando
Mas se eu lhe contar, vou acabar me atrapalhando
Eu não queria realmente que mais ninguém soubesse
Ter minha vida debatida, sério mesmo, me enlouquece
Deixe isso passar, apenas me respeite
Tudo o que eu expresso não é mero enfeite

Na verdade nem eu sei o que tá acontecendo 
Mas por enquanto não é atoa o que ando fazendo
Eu me questiono, busco um porquê
E juro a mim mesma tenho medo de saber
O que sei no momento, muita coisa me entristece
Dava pra doer menos, se você quisesse

Eu só tô tentando há tempos me salvar

E essa revolta é só um jeito de aguentar
E você nunca vai saber o que quero dizer

To cercada de pessoas que não sabementender

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Semiluz




Pelos meus olhos deusa te fiz
Coroada pelo próprio diferencial
Teu pedestal de deusa desfiz
Quando tentada pecou como mero mortal

Mas meus olhos ainda te iluminam
Para que meu coração a veja brilhar
Os teus méritos ainda fascinam
Perfeita mortal que teimo em amar

Minha saudade indecisa
Meu querer tão descabido
Algo em mim de ti precisa

Meu prensamento desapercebido
Pensa em ti descontrolado
Colocando-te ao meu lado

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Hesitação


Através de um vidro firme
A vejo nitidamente com todos seus encantos
Hesito, mas não consigo ir-me
Assisto-a brilhar, iluminando meus prantos

Não posso me arriscar a quebrá-lo
E ter de ver cacos por todos os cantos
Cacos de vidro juntos aos do seu halo
Que se quebrou por debaixo dos mantos

Apenas sinto o abstrato
Pois creio no que quero crer
E se o sentimento não proceder
Restará meu desiderato

Desejo, aspiração concreta
Que não se propagam
Que não se apagam
Como quando foi adjeta

No viveiro de vidro estou eu
Asfixiando-me em minha própria confusão
Enquanto ela respira, longe desse breu
Que é mais confuso do que mostra a compleição

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Notas de Melancolia





Essa noite, noite a dentro
Choram as teclas alvinegras
Um murmúrio melancólico
Uma canção sem pé nem letra

Nessas noites em que me faltas
Lamentam as teclas alvinegras
Gritam forte em sua lamúria
Fazem doer por trás do peito

Enquanto sem ti eu estiver
Soarão notas alvinegras
Que soletram o teu nome
Em teclas brancas e pretas.



domingo, 11 de agosto de 2013

Carta à Ana






Querida Ana, não há muitas outras maneiras de começar
Essa carta sem motivo que não penso em lhe entregar
Ainda lembro, que no começo por te encontrar eu fui feliz
Mesmo tão longe, fisicamente, ainda eu lhe quis
Você lembra? Era fevereiro quando tudo começou
Não demorou muito tempo e algo já mudou
Eu já sabia, que tudo aquilo ia dar em algo um dia
Pois parecia, que eu havia encontrado a minha estrela guia
Nunca imaginei que tão cedo estaríamos assim
Quando com todas as palavras você dizia que gostava de mim
Me libertei então, do passado que me acorrentava, e me entreguei
Não sei onde minha cabeça estava, mas o coração gritou, me apaixonei
Me entreguei, e a culpa foi toda ,minha
Logo percebi que me apaixonei sozinha
Mesmo assim, eu não pensava em desistir
Pois por fim, você também iria sentir
O que um dia eu senti por você
A mulher que fez haver um novo porquê
Eu persisti, tudo de mim lhe dei
Mas de sua parte não foi o mesmo que encontrei
De todas as formas tentei te agradar
Me esforçava tanto pra você pra fazer, você se apaixonar
E o que fez? Primeira desilusão
Você deslizou e partiu meu coração
E foi ai que discutimos pela primeira vez
Entre você e eu não haveria um nós três
Eu senti medo,de lhe perder naquele dia
Mesmo tendo sido você que fez aquela covardia
Nos reerguemos, fiquei aliviada
Mas depois daquele dia alguma coisa ainda tava errada
Eu continuava, com fé me esforçando
Dali há uns meses estaríamos nos encontrando
De tudo aquilo, eu só queria, fazer você feliz do jeito que eu podia
Carinho eu lhe dei, canções te dediquei, até meu coração em sua mão
Não sabia o que havia, você estava cada vez mais distante
Tentava ser boa pra você, mas só feria a cada instante
Cada frase curta repletas de palavras vazias
Eram facadas que me perfuravam quase todos os dias
Eu não quis ceder, fingir estar bem
Pois se eu te perdesse, amor, não queria mais ninguém
Pouco a pouco, vi tudo desmoronar diante de mim
Resolvi me ancorar onde estava e aguardar o fim
Tentei também lhe devolver a distância
Mas saudade que batia em mim, vinha com constância 
E me enfraquecia
E de todos os seus passos num minuto eu esquecia
E só parecia, que nada dava certo
Não pude ver através de seu peito,que já não estava aberto
Pobre infeliz, depois fui descobrir
Que tudo que eu lhe dava, de outro alguém estava a se suprir
"O problema é comigo", você dizia
Todo esse tempo e só eu que não via
Que verdade era quando dizia,que não me merecia
De frente a um abismo você me colocou
E Lá em baixo uma dor que ainda não passou
Já era fato, tive que encarar
Que por mais que eu lhe amasse, não poderíamos voltar
Então saiba, foi contra minha vontade a decisão de terminar
Mas, saiba que não foi só o orgulho também
Ferida eu já estava, já há tempos pelo seu desdém
Mutilada pelos espinhos dos seus abandonos não pude ir além
Era perder, ou continuar perdendo
E implorar, pra continuar sofrendo
Não soube o que fazer com o vazio que ficou
O lugar que era seu, e os minutos que ocupou
O bom dia, o boa noite que nunca mais chegou
Precisei de tempo, amor, só pra aceitar
Que o que restava, amor, era continuar
E hoje tô aqui, lembrando de você
Rimando essa carta que não feita pra se ler
Tive essa vontade, mas ainda nem sei porquê
Talvez, minha incapacidade, amor, de te esquecer
Agora você vive sua vida e eu me perguntando
Se ainda pensa em mim, ou só minha mente está relutando
Não sei, enquanto isso, o tempo passa devagar
Eu vou escrevendo as coisas que não posso lhe falar

                                  PS.:Sinto falta de seu"oi" em algumas tardes
                         Mil Beijos, minha querida,

   Sempre sentirei saudades.

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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fim de Batalha

Estagnada no lugar que me encontrava fiquei. Suportei todo aquele vento frio, o qual feria como balas atravessando meu corpo. Balas de gelo que me congelavam por dentro. Achei que poderia suportar mais tempo ali, de pé. Achei que conseguiria esperar.
Dentro de uns dias, entre avanços e recuos, do nada fui surpreendida por algo inesperado. Um clarão tomou conta de tudo e logo depois tudo se apagou. Em poucos instantes tudo era nada. Foram os poucos instantes  em que algo me tomou e me senti arrastada para longe. Nesse momento eu era arranhada, perfurada e retalhada por todos os cacos e pedras que antes haviam ficado para trás. Foi como ser atingida por uma imensa e forte onda na praia sem se esperar. Quando a poeira baixou, fui mais uma vez surpreendida. Ao olhar em volta pude notar que, dolorosamente, me encontro no mesmo em que eu estava. Não fui lançada 1cm sequer para trás. O chão andou sob meus pés e eu continuei ali.
Agora, olhando para o horizonte a minha frente, a vejo de costas caminhado para a direção contrária. Facilmente. Passo após passo. Enquanto o chão cede por baixo do meu corpo estilhaçado, não consigo me levantar para partir também. Me encontro ferida demais para sair dessa trincheira com minhas próprias pernas. Então apenas observando fico, de mãos quase atadas, ela sumindo diante de meus olhos.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Fraqueza em Guerra, Fraqueza Traíra

Aquele momento que você percebe que na verdade você não mudou e que continua sofrendo pelos mesmos motivos. As únicas coisas que mudaram foram as circunstâncias. Agora eu me pergunto: como fui me permitir ser tão fraca dessa vez? Será que eu havia me esquecido de como era me sentir dessa forma? Será que todas as memórias que ainda ferem ao serem acessadas, já não estão afiadas o suficiente ao ponto de me lembrar o quando dói só de olhar para elas?
Não consigo encontrar outra palavra para designar esse mal que me persegue que não seja FRAQUEZA. Todas as vezes, o mesmo erro que partiu de mim. Lá, há muito tempo atrás, quando conquistei minhas primeiras cicatrizes, eu não fazia ideia do que se passava. Consegui me perdoar por isso. Tantas outras vezes me vi à beira de me condenar ao mesmo sacrilégio, mas essas vezes não passaram de momentos breves. Pequenas batalhas colocadas ao lado de uma grande guerra vencida, porém acompanhada de suas marcas. Agora me vejo outra vez, não apenas à beira do mesmo poço, mas me afundando nele gradativamente a cada pequeno golpe.
A culpa é minha de eu me sentir assim. Apenas minha e de minha própria F R A Q U E Z A. Minha imensa vontade de me arriscar e minha fé em que dessa vez seria diferente. Então o que eu fiz foi me levantar e correr até o centro do campo de batalha e de lá avancei e avancei e avancei em direção de algo que não se movia. E continua não se movendo. Imaginei que eu poderia trazê-la para o mesmo ponto que eu me encontro, para então, nos rendermos. Tentei muitas coisas, utilizei de muitas estratégias, ao menos tudo o que estava ao meu alcance.
Por algum momento senti a exaustão tomando conta de mim. Senti vontade de recuar. Recuei uns passos, mas ainda sinto algumas balas atravessando meu corpo juntamente ao vento extremamente frio e seco que partem da mesma direção. Talvez seja tudo apenas a "gelidez" desse vento ferindo tanto quanto as balas. Enquanto isso, aquilo que eu tento alcançar, parece recuar e parece cada vez mais distante. Quanto mais distante, mais ferem os tiros de gelo.
A culpa é minha, é obvio. Não deveria ter me atirado ao centro do campo de batalha, me expondo a tantos ferimentos que no final das contas eu já conhecia, só não esperava revê-los. A fraqueza me arrastou até lá. A mesma fraqueza que me fez recuar um passo e a mesma fraqueza que não me deixa querer abandonar a guerra. Continuarei lutando pela redenção, tendo meu objetivo de frente a mim, tão perto a ponto de eu não mais sentir o vento frio.
Por enquanto, não recuarei mais do que isso, deixarei a fraqueza me vencer, já que no meio da batalha ela sempre muda de lado.
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Creio que esse blog já tenha se tornado anônimo outra vez pelo vasto tempo desativado, por isso, não darei muitas satisfações do que andei fazendo e do que me trouxe de volta, ao menos por agora.