domingo, 27 de setembro de 2009

O Despertar

Desperto-me de teu encanto.
Meus olhos não mais a concertam.
Meu coração não mais a perdoa.
Não duvido de teus atos.
Não dou a outro a culpa que só a ti pertence.

Meus sentimentos a repelem.
Não amo-te como antes,
Mas jamais a odiarei.

Da cegueira que me curei,
Pude ver o amor companheiro.
Um exemplo de coração encontrei,
E como amiga, este amor, amei.

E sendo a mesma
Digo-lhe sem dar voltas:
Não és perfeita,
Mas de imperfeição não se fazes apenas.
De teus olhos não se apagam
O brilho da verdade.
Quando mentes teus olhos negam!
Mas nunca os vi tão enigmáticos como aquele dia.

Ainda és meu grande amor,
Pois fora de meus sonhos incomuns,
Não encontrei a quem lhe superasse.
Foi um erro meu.
Mas não me arrependerei.

domingo, 20 de setembro de 2009

Um Exemplo a Seguir

Ao andar pela bienal do livro, neste sábado, me surpreendi com alguém que tocava violão em um dos espaços. Juro que o invejei, tocar violão como ele é o que eu sempre quis. Mas ele fazia muito mais que simplesmente tocar bem. Ele transforma poesia em música! E entre as populares poesias cantadas de Érico Braga Rosa, surpreendia-me ainda mais com a recitação de Ana Maria Pereira.
Apesar de nunca ter os visto antes, virei fã a primeiro momento. Saí de lá com um pensamento na cabeça: "Érico Braga e Ana Maria, são tudo que um dia quero ser." Claro! E por que não? Saber mesclar a arte magica da musica com a beleza livre da poesia na mais pura harmonia é genial!
Infelizmente, não me recordo do nome do projeto, mas com certeza foi algo que ganhou minha admiração. Parabéns não só aos dois, mas a todos que também trabalham nesse projeto!


*logo quando meu amigo Aru passar a foto para mim, eu coloco aqui junto com o autografo dos dois (=
** quem conhecer esse projeto, porfavor, comente e diga-me o nome para que eu posso adicionar isso aqui também.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Nunca

Nunca.
Dizem-me que é uma palavra forte.
Mas apenas acho-a eterna.
Dizer nunca, é comprometer-se para o resto da vida.

Eu aceito esse compromisso.
Meu coração que ainda sangra por ti,
Faz-me ter certeza que o nunca, haverá...

Esquecer, e encontrar olhos mais lindos que os teus...
Nunca!
Apagar as palavras ditas, e esquecer tua doce voz...
Nunca!
Arrancar-te de meu coração já frio e cansado...
Nunca!

O nunca é mais eterno que o pra sempre.
O pra sempre, sempre tem um fim.
Não se sabe se o fim é eterno.

O nunca não tem fronteiras,
Como esse amor que me consome
E que nunca sairá de mim.

Agora entendas:
Nunca deixarei de te amar.
Eternamente estarei aqui.
E sempre estive,
Dês de que o nosso pra sempre terminou.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Musa Platônica

Não sei mais do que denominar o que sinto,
É mais do que um simples amor, vai mais alem do que a breve eternidade.
Admiração, paixão,platonismo, doença...
Saudades.

Algo que não foi dito, não deixa-me descansar em paz.
O desejo de ver-la outra vez, consome minha falta de inspiração.
E assim devo permanecer, pois sempre estarei a sua vontade.
Nostalgia.

Tenho tido muitas lembranças...
Minha infância não tão distante.
Sorrisos e olhares que me alimentavam,
Hoje são lágrimas e lamentos.
Dói.

Talvez minha necessidade de criar,
Tenha se tornado obsessão.
E meu coração sempre frio e só,
Tenha a transformado em minha musa platônica.
Perfeita, pura, intocada, inalcansável.


Algo que não foi dito, não deixa-me descansar em paz.
Preciso do perdão da minha musa para libertar-me das correntes...
Essa prisão, onde me acomodei e fiz do real um delírio e da fantasia o meu mundo.