domingo, 26 de janeiro de 2014

Acordes de Lembranças



"Sons que trazem você para dentro de mim
E eu posso te sentir mais uma vez

Sua tristeza corre em cada cando do meu peito
Sua essência entra em minhas veias e me deixa sem ar

E quando ouvires o soar da elegia melodiosa
Até mesmo na morte, me sentirá também?"

sábado, 25 de janeiro de 2014

Oasis



Diante das luzes que acendem tão distante de mim
Olhando por uma janela que vai de constante movimento
Posso vê-la voltando, longinqua tempestade de areia
Que flutua dentre as ondas e apossa-se de minha mente
Ela é a letra, a melodia, o tom, cada nota
Ela é o silêncio em si, apenas ecos, e voa
O lembrar faz sua essência fluir em mim
Corre em minhas artérias como veneno
Como o veneno de seu silêncio, fere, esfola, mata
Mente, coração, alma, sobriedade, sanidade
Doce tempestade cheia de essência
Que logo se achega como escuridão
Me envolve por completa e devolve meus sentidos
Frio, medo, dor, confusão, vazio
Ela apenas baila dentre o vento
Ela é a gelidez, a carrasca, a lâmina, o vácuo
Apenas um rosto distante, não apenas
Distante para qualquer coração
Distante ainda que nossos corpos ocupassem o mesmo espaço
Nada sei, nada resta, nada espero
Ela foi o início, a única, o céu, o solo
Me encontrou, me perdeu
Perdida, enfim, para encontrar a mim mesma
De frente comigo e em fusão
Transformação, evolução, crescimento