quinta-feira, 2 de julho de 2009

Memórias

Vivo da dor,
Num eterno inferno.
E apenas tu,
És a vida entre a morte.

Vivo de sonhos,
De um mundo anormal.
Interna verossimilhança.
É meu mundo, afinal!

Vivo de desejos.
E desejo, do meu jeito viver.
No breu de meu recinto.
Deito-me.

Para todos os lados que olho,
Só lhe enxergo.
Insuportavel assim viver.
Ainda verás jorrar meu sangue.

Nada faz sentido.
Tenho a cabeça em seu lugar.
Mas o peito quer estourar.
Faz-me chorar.
Faz-me sangrar.

Arrasto correntes em tua janela.
Sussuro em teus ouvidos,
o que não queres ouvir.
Me odeias tanto
Que posso sentir.

Quero dizer-lhe algo.
Mas não posso.
O medo me asfixia,
E eu não consigo dizer.

Por mais alto que eu grite,
Não me ouvirás.
Por mais que entendas,
Não me atenderás.
Por mais que eu a ame,
Não me amarás.

Um comentário:

  1. Lindos versos...
    Identifiquei-me como vosso poema!
    Parabéns expressa-se muito bem
    =)

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