Através de um vidro firme
A vejo nitidamente com todos seus encantos
Hesito, mas não consigo ir-me
Assisto-a brilhar, iluminando meus prantos
Não posso me arriscar a quebrá-lo
E ter de ver cacos por todos os cantos
Cacos de vidro juntos aos do seu halo
Que se quebrou por debaixo dos mantos
Apenas sinto o abstrato
Pois creio no que quero crer
E se o sentimento não proceder
Restará meu desiderato
Desejo, aspiração concreta
Que não se propagam
Que não se apagam
Como quando foi adjeta
No viveiro de vidro estou eu
Asfixiando-me em minha própria confusão
Enquanto ela respira, longe desse breu
Que é mais confuso do que mostra a compleição
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