quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Não-amor o Qual Me Tenho

Não quero de forma alguma causar um abismo maior, ou até mesmo mais um rio onde corre o ódio entre nós. Não quero que nada disso exista. Mas guarde suas palavras para si, ou para outrem com fez com todos os sentimentos. Não estou pedindo por distância ou esquecimento, tampouco pelo presente e doloroso silêncio. Só entenda que já me odeio o bastante por tudo o que não tenho conseguido esquecer, já me odeio o bastante por tudo que ainda sinto, já me odeio o bastante pelos meus pensamentos que me perseguem durante cada segundo em solidão. Me odeio o bastante para esquecer de me amar em primeiro lugar.
Portanto, não me diga o que eu deveria fazer. Eu já sei. Lastimável que saber o que fazer esteja tão distante de conseguir quanto o dia está da noite. Só que os segundos se vão como semanas. Antes de se tornar passado, se tornou a fumaça e a bebida que me embriagam, a lâmina que me desvia da dor verdadeira, o escuro que me abraça no enquanto lá fora o sol brilha. Por isso me odeio. Por só dar proporções à algo que além de não fazer mais sentido, nem se quer pode ser abraçado.
Juro que se eu fosse capaz, já teria deixado isso tudo para trás. Deixaria de lhe assombrar como um encosto inconveniente e seguiria minha vida. Diria à mim mesma que dessa vez sim, seria definitivo. Que um adeus seria um adeus e então a luz entraria pela minha janela outra vez para que eu pudesse saldar uma nova era na minha vida.
Por enquanto eu apenas consigo me odiar. Por ser assim, tão fraca e sensível enquanto não aparento e por tantas vezes não conseguir ir atrás daquilo que eu realmente quero e ficar me remoendo por medo de tentar.

Um comentário:

  1. Olá!, Oh quanto tempo que não venho a esse cantinho escuro <33 me encontro em cada palavra sua! saibas que tem aqui uma admiradora.

    ResponderExcluir

Comenta aí, é importante para mim.