sábado, 25 de janeiro de 2014

Oasis



Diante das luzes que acendem tão distante de mim
Olhando por uma janela que vai de constante movimento
Posso vê-la voltando, longinqua tempestade de areia
Que flutua dentre as ondas e apossa-se de minha mente
Ela é a letra, a melodia, o tom, cada nota
Ela é o silêncio em si, apenas ecos, e voa
O lembrar faz sua essência fluir em mim
Corre em minhas artérias como veneno
Como o veneno de seu silêncio, fere, esfola, mata
Mente, coração, alma, sobriedade, sanidade
Doce tempestade cheia de essência
Que logo se achega como escuridão
Me envolve por completa e devolve meus sentidos
Frio, medo, dor, confusão, vazio
Ela apenas baila dentre o vento
Ela é a gelidez, a carrasca, a lâmina, o vácuo
Apenas um rosto distante, não apenas
Distante para qualquer coração
Distante ainda que nossos corpos ocupassem o mesmo espaço
Nada sei, nada resta, nada espero
Ela foi o início, a única, o céu, o solo
Me encontrou, me perdeu
Perdida, enfim, para encontrar a mim mesma
De frente comigo e em fusão
Transformação, evolução, crescimento

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