domingo, 27 de setembro de 2009

O Despertar

Desperto-me de teu encanto.
Meus olhos não mais a concertam.
Meu coração não mais a perdoa.
Não duvido de teus atos.
Não dou a outro a culpa que só a ti pertence.

Meus sentimentos a repelem.
Não amo-te como antes,
Mas jamais a odiarei.

Da cegueira que me curei,
Pude ver o amor companheiro.
Um exemplo de coração encontrei,
E como amiga, este amor, amei.

E sendo a mesma
Digo-lhe sem dar voltas:
Não és perfeita,
Mas de imperfeição não se fazes apenas.
De teus olhos não se apagam
O brilho da verdade.
Quando mentes teus olhos negam!
Mas nunca os vi tão enigmáticos como aquele dia.

Ainda és meu grande amor,
Pois fora de meus sonhos incomuns,
Não encontrei a quem lhe superasse.
Foi um erro meu.
Mas não me arrependerei.

5 comentários:

  1. ao ler esse poema eu me lembrei varias vezes de gregório de Matos, Gonçalves Dias...
    não sei por que senti uma coisa muito boa quando li.
    mesmo esse poema falando de algo difícil,
    ele é uma aceitação de tudo que aconteceu.
    parece ser uma pagina que vai aos poucos
    sendo virada.

    segue seu caminho, boa sorte !!!
    abraço!!!

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  2. sim... o "jogo" emocional do barroco...

    É como um lado de mim quisesse largar tudo o que sinto mas o outro não quer adimitir que o sentimento está se apagando.

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  3. O poeta faz do seu infortúnio beleza em forma de palavras. Você o fez.

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  4. Já pensou em publicar os textos, esse tipo de arte ganha um charme incomparável no papel, já no computador eu não sou fã!!!!

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  5. claro, estou apenas esperando uma brecha de tempo para que eu possa juntar e selecionar todos os poemas... mas conseguindo eu estou disposta á fazer uma versão impressa para públicação.

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