Não quero insistir em questionar
Os porquês são óbvios e afiados
Me torturo e sangro em pensar
Dói como um corte fresco em minha pele
Incomoda como um espinho em meu coração
A tarde é quente e inescrupulosa
Mais desconfortável impossível
Mas de qualquer forma, não importa
Aqui jaz um corpo cansado
Uma mente confusa e desesperada
E um coração doente, apodrecido
Queria poder acreditar que há jeito
Queria acreditar que ei de encontrar o que busco
E que a busca há de se tornar prosperidade
Devo ir longe para obter minha evasão
Ao mesmo tempo tão aqui e tão parada estou
Que perco a noção do real em questão de segundos
Preciso arrancar pela boca o que sinto
Preciso de palavras para descrever
Preciso de voz para gritar...
Quero rasgar o silencio que me envolve
Quero ter condições de lutar
Quero ganhar
Queria não ter que querer e nem precisar
Preciso chegar ao absoluto final tão almejado
Para deixar de querer e finalmente ter e viver
Viver da forma que quero, que preciso
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