sábado, 20 de junho de 2009

Anacrônico

Diga amor,
Com que olhos me vê?
O que acha que sou?
O que quer que eu faça?

Para ti o que sou agora?
O valor perdi,
De todos esses anos?

Grande amor,
Não tenho culpa do que houve.
E sei que você também não.
Mas,
Nos perdoemos, lhe suplico.

Faça o que sou incapaz.
Esqueça que lhe amo.

Até quando meu Deus?
Até quando?

Não posso mais lhe fazer sorrir,
Não admiras mais nada do que faço.
Não queres mais ver-me.

Minhas palavras,
Ilegíveis se tornam.
Se tornam,
Aos olhos teus.

Minhas melodias,
Viram meros ruídos.
Ruídos que gritam teu nome,
E lhe perseguem.

Poesias já sem graça,
Começam a fazer sentido.
E não deveria ser assim.
Não deveria.

Quantas vezes quis gritar,
Assim como agora desejo escrever...
Quis gritar meu amor.
Mas me contentei com singelos escritos.

E talvez o fim chegue.
Sem lágrimas, sem dores.
Sem sangue, sem flores.
Sem ti, sem nada.

2 comentários:

  1. muito lindo a forma com que expressa seus sentimentos,sou amante de uma boa poesia e adoro ler as suas...parabens

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  2. Fico muito satisfeita em saber que meu trabalho está sendo bem visto por pessoas que são mais experientes que eu.

    obrigada pelo comentario.

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